* Foto daqui, da pintura "Santa Ceia", de autoria da artista Bete Brito.
Literatura, história e o que mais der na cabeça: um blog que acredita na magia, liberdade, prazer e mistério da invenção e da criação.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Ainda o Natal: uma sugestão de Saramago
* Foto daqui, da pintura "Santa Ceia", de autoria da artista Bete Brito.
sábado, 27 de dezembro de 2008
A primeira lembrança dela
Choro mais. Sozinha no berço, eu morro de chorar. E ela ri! Ri a mais não poder, a boca aberta, ela ri alto!
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
O truque do gênio
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Natal na ilha do Nanja
domingo, 21 de dezembro de 2008
O poeta mais importante
sábado, 20 de dezembro de 2008
Sabedoria
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Pedra, pedreira, natureza
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Meu gato
Gato gargalhada
Vocês podem não acreditar,
mas eu juro —
meu gato ri
Dá cada gargalhada!
Ri à noite, só pra mim
Rola no chão
embola o rabo
balança a pança
lambe o bigode
me pisca o olho
e
miá á á á á á á á á á
miá á á á á á á á á á
miá á á á á á á á á á
Meu gato ri!
sábado, 13 de dezembro de 2008
Diálogos (im)possíveis 10
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Hi hi hi
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Vida marvada
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
Intimidade
(Foto daqui)
[Encontrei este post de João Grando, do ótimo João´s Opiniões, e o comentei assim:]
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Escrever por prazer
Uns escrevem para se expressar, outros para se suportar, outros para ensinar... Mil são as motivações para escrever. Alguns escrevem para divertir, a si mesmo e aos outros: escrevem por prazer. É o caso de Bernardo Guimarães e Maria Judith Ribeiro, no livro "Morte Abjeta" ...
(Continua aqui)
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Uma casa é uma coisa que se encontra
Desci. Sentei-me perto, muito perto da avó Agnette.
Ficamos a olhar o verde do jardim, as gotas a evaporarem, as lesmas a prepararem os corpos para novas caminhadas. O recomeçar das coisas.
— Não sei onde é que as lesmas sempre vão, avó.
— Vão para casa, filho.
— Tantas vezes de um lado para outro?
— Uma casa está em muitos lugares – ela respirou devagar, me abraçou. — É uma coisa que se encontra.”
domingo, 30 de novembro de 2008
Colo
Fundação Dolores Olmedo, cidade do México
sábado, 29 de novembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Muito contente
Nesses dias, li um bocado (vou comentar os livros lidos no enredosetramas), vi tv — inclusive todo esse desastre terrível de chuvas torrenciais, cheias e desabamentos em Santa Catarina —, porém minha cabeça, a maior parte do tempo, se manteve zonza, tontona, sem se fixar em coisa alguma, como se vagasse por algum espaço que nem sei onde fica. Meu amigo Chorik comentou que isso acontece porque nosso corpo é uma unidade, cada membro ou órgão influenciando os outros: assim, o que acontece com minha mão pode, sim, influenciar minha mente (o amigo Edu disse que sentiu a mesma coisa quando teve um problema no pé). Independente de fundamento científico, gostei dessa explicação, dessa idéia de sermos um todo indivisível e interdependente (que a medicina atual teima em seccionar). Me fez bem sentir-me assim. Lembrei-me das pessoas cuja perna, braço ou mão foram amputados, mas continuam a sentir sensações neles — calor, dor, arrepios, etc —, ao que parece porque a imagem mental que têm do próprio corpo é a de um corpo completo, o que inclui, jamais exclui, o membro ausente.
Por este meu texto descosido, mal ajambrado, vagal, já deu pra sentir que ainda não aterrissei direito por aqui, né? Mas não importa, não é mesmo? Este texto é só pra lhes dizer que estou de volta a este doce batente, amo vocês, e espero continuar a postar textos que mereçam ser lidos e comentados por vocês. Assim como visitarei os seus blogs, lerei e comentarei seus textos. De volta a esta nossa gostosa, divertida e animada roda de leituras e papos!
domingo, 23 de novembro de 2008
Maneta
terça-feira, 18 de novembro de 2008
De papo pro ar
Diálogos (im)possíveis 9
Apavorada, sozinha com ela no apartamento, me tranco num quarto e ligo para o Instituto Pinel, hospital para doentes mentais próximo ao meu prédio. Peço que mandem com urgência enfermeiros, para buscar uma pessoa que está em surto.
Dez minutos depois, toca a campainha. Elza, que se debate na cozinha, ao ouvir a campainha imediatamente se posta ao meu lado. Quando abro a porta do apartamento, estamos nós duas juntas, de pé, frente a dois fortíssimos homens de branco e uma maca.]
— Quem é a pessoa pra ser levada ao Pinel? – pergunta um dos enfermeiros.
— Ela! –Elza e eu respondemos ao mesmo tempo, uma apontando a outra.
[Juro que aconteceu].
domingo, 16 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Eu sou
Eu sou
Quando os adultos me perguntam
— O que você vai ser quando crescer?
Morro de ódio.
Sinto vontade de responder:
— Vou ser tudo, menos você!
Será que os adultos não sabem?
Eu já sou!
("Eu sou", de Janaína Amado - licenciado sob Creative Commons)
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Pra começar bem o dia 2
se não perdoardes
senhora
eu errarei mais.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
As nossas áfricas
Só pra assistir à abertura já valeu a pena ter ido à Fliporto, a IV Feira Literária de Porto de Galinhas, PE. Consistiu de uma aula-espetáculo do grande escritor Ariano Suassuna, atualmente com 81 anos de idade, que é Secretário de Cultura do Estado. Com inteligência, originalidade, humor imbatível e vitalidade, Ariano conduziu o espetáculo Nau - Sagração nº 2, um passeio...
(O texto continua aqui)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Até breve
Yes, we can!
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Diálogos (im)possíveis 8
—Santa Catarina.
— E a sua?
— Itamaracá.
— A sua?
— São Luiz.
— A minha é Ilha Bela.
— Pois a minha é a ilha-do-faz-de-conta, entre o sertão e o mar, a que tem chão de esteira, búzios sem conta e cabelos ao vento, ilha-de-dentro, ilha-mar, onde Judas não perdeu as botas nem o gato comeu a língua, ilhéu, ilhaminha, ilhatua, lua de mar, caramujos, ilhotinha, ilhão — Ítaca, Itacaré, Itacarezinho, terra dos jacarés, nossilha, nonossa, tuilha, trilha, trilhas conduzem ao vulcão de fogo que não queima, cheiro de pão quente saído indagorinha do forno, espirais, brisa, brasas, labareda, água, casa e maresia, algumas cabras, estandarte, biscoitos de polvilho doce, muita imaginação e louvor.
sábado, 1 de novembro de 2008
A esperança se chama Barack Obama
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Diálogos (im)possíveis 7
Minha mãe tratou logo de reforçar esses ensinamentos, durante as aulas que me deu para o exame de admissão ao ginásio (relatadas no último post). Ela aproveitou bem o tempo para concluir a doutrinação da filha.
Na prova oral de geografia, aconteceu o seguinte diálogo:]
— Diga o nome de três países europeus com suas capitais, ordenou o professor.
— União Soviética/ Moscou, Tchecoslováquia/Praga, Polônia/Varsóvia, respondi na bucha, sem pestanejar.
Ainda hoje me lembro da expressão surpresa do professor Almir, seguida de um sorrisinho, cabeça baixa. Acho que ele era simpatizante...
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Como eu soube que ela me amava
domingo, 26 de outubro de 2008
Minúsculos assassinatos
Blogueira recente, eu não conhecia o famoso drops da Fal (http://dropsdafal.blogbrasil.com/ ). Li há poucos dias uma entrevista da autora no Amálgama, visitei seu blog, comprei pela internet seu último livro (Fal Azevedo. Minúsculos assassinatos e alguns copos de leite. Editora Rocco, 2008), acabei de lê-lo ...
(O texto continua aqui)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Graciliano
O primeiro número é inteiramente dedicado a Graciliano Ramos. O segundo será sobre teatro. Vida longa à revista, muitos e muitos gracilianos!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Pra começar bem o dia
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Convite para viagem
Você está convidado, você está convidada a embarcar numa viagem que começa hoje, aqui. Como toda viagem, esta a gente só sabe quando começa, mas não tem a menor idéia de onde, quando, muito menos de como acaba. Viagem é descoberta, aventura, estranhamento, transformação —travessia. Vem, que o vapor já tá saindo e a companhia é boa.
Em tempo:
Eu já estou pronto para a viagem, aguardando o vapor aqui no cais de atracação do rio Paraguaçu. Sinto-me um pouco ansioso, nervoso, mãos suando, neste 5 de abril de 1933. Sou jovem, só tenho quatro meses de jornal. Fui destacado para cobrir a viagem do dr. Otto Billian, cientista e industrial alemão, pelo interior do Estado. Desconfio que me escolheram porque ninguém mais no jornal aceitaria missão tão espinhosa. Não importa: esta é minha primeira oportunidade de me distinguir na profissão. Estou decidido a fazer da cobertura desta viagem meu passaporte definitivo para o mundo do jornalismo. Na foto, sou o rapaz alto, o do centro, de terno e chapéu, voltado para a câmera. Ao meu lado, de terno branco, está o dr. Otto Billian, personagem principal desta expedição. Não perdi tempo, já o estou entrevistando!
(A foto é do Valter Ribeiro, conhecido como Valter Cachaça, nosso fotógrafo, que embarca também.)
sábado, 18 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Diálogos (im)possíveis 6
[Ainda sobre lobisomens. Num livro on line que escrevi para crianças, intitulado Lobisominho, a cada quinze dias um capítulo ia ao ar. Ao final de cada capítulo, eram feitas perguntas às crianças, para conhecer suas impressões e estimular sugestões sobre o desenrolar da história. Essa experiência de contato direto com os leitores, aliás, foi sensacional. Aprendi muito com as crianças sobre construção de personagens, desenvolvimento de enredos, sobre o que gostam ou não de ler, etc. Aproveitei muitas das suas sugestões, oferecidas sempre com generosidade, entusiasmo e enorme imaginação, livre das limitações adultas.]
— Você acredita em lobisomem?
— Eu acredito. Mas eles não existem.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
O lobisomem de Viçosa
domingo, 12 de outubro de 2008
O ovo do mundo
O ovo do mundo
Galinha, pato, passarinho
nascem de ovos
Dinossauros, também!
Será que o mundo
nasceu de um ovo?
Devia ser gigante,
o ovo do mundo!
Dentro dele tinha
gema? Clara? Ou
dentro dele tinha
gente?
Quem será que botou
o ovo do mundo?