sábado, 31 de janeiro de 2009

Como as fragatas que voam







Amigos, as férias foram ótimas. Contemplei, fui contemplada, tornei-me contemplável, mas... quase não volto! Não, não houve acidentes, nada disso. É que, de tão solta por aí, acho que me perdi em algum céu, algum mar, algum abraço, alguma risada, algum afeto, alguma beleza destas férias, irresponsavelmente preguiçosa, sem conseguir me concentrar de novo, uma tontura de liberdade.
As últimas e carinhosas mensagens de aeronauta, Aninha, Valter, Maria e Mau-Iê, contudo, me deixaram com saudade de vocês e dos meus blogs, me chamaram de volta. Senti vontade de voltar a escrever. Tenho inclusive planos legais para minha escrita, neste ano. Assim, ainda meio sem jeito, meio ar meio terra, mas com vontade de acertar, estou de volta. Vou ler também todos vocês.
Deixo-lhes hoje estas imagens das fragatas, que encontrei nas férias. Não são navios, mas grandes pássaros marinhos que enfeitam os céus com os lindos desenhos de seus vôos coletivos. No mar, nos barcos pesqueiros e nas mãos de pessoas que lhes oferecem, elas buscam peixes, para alimentar-se.
Como as fragatas eu pouso aqui, em busca de meu alimento, o texto.
*Fotos de Luiz Carlos Figueiredo

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Varandeando


"Tia Hortênsia vivia com seus dois sobrinhos. Temporina era a mais velha. O outro, era um rapaz de comprovadas inabibiliddes. [...] Hortênsia nada fazia senão expor-se na varanda. Ali se encenava o dia inteiro.
— Mas tia, por que varandeia tanto, de manhã até a noite?
— Só quero ser contemplável."
Nestas minhas férias que se iniciam hoje, deixo a vocês, queridos e-amigos tão importantes para mim, este magnífico trecho de Mia Couto, em O Último Vôo do Flamingo. Retorno a 15 de janeiro. Durante este tempo, a única coisa que quero é me transformar em Hortênsia: contemplável.
Beijos, abraços, e até a volta.