segunda-feira, 13 de abril de 2009

Por ai

Amigos, o queijo, o vinho, o champagne e tantas outras coisas deste pais sao uma maravilha, mas o teclado eh uma merda. Assim, este pequeno texto segue sem acentos mesmo. Eh uma pequena nota escrita na pequena cidade de Villefranche-sur-mer, ao lado de Nice, no sul da Franca, por onde ando agora. Ciber cafes sao raros por aqui (frances nao eh muito chegado a tecnologias), e com este teclado fica impossivel escrever muito, entao quero lhes dizer so isto: este pequeno porto do Mediterraneo me lembra pinturas - nao por acaso artistas como Matisse, Leger, Chagall e outros se sentiram atraidos pela luz e beleza do lugar -, e as altas montanhas, coladas aqui atras, incrustradas de pequenos vilarejos medievais murados, me lembram historias, de uma historia muito antiga. E nao sei por que hoje me deu uma nostalgia danada do Brasil. E - sei por que - saudades de voces todos.
(Vai sem imagem hoje, porque o computador do ciber cafe nao permite colar nada. Mas quem se interessar, procure p.f. Villefranche-sur-mer no google, peca imagens, e veja que gracinha de tirar o folego eh isto aqui)

sábado, 4 de abril de 2009

Reconhecimentos


Nesta cidade me perco e me reencontro a cada esquina, para novamente perder-me. Conheço estes becos que dão em outros becos, que sobem por ruas estreitas ao cimo de cada uma de suas sete colinas, conheço este castelo a espreitar-me lá do alto, majestoso, as paredes azulejadas de azul sobre ouro, e carmim e verde com motivos do século XVII. Ah, conheço as águas deste rio-mar que define a ceidade, assim como o burburinho do seu pequeno comércio de portas estreitas e muitos artigos expostos, a irritação dos seus velhos, o caos do seu trânsito. Conheço também a nova juventude - diferente da antiga, pois esta nova afina-se com as útimas idéias e modas e gostos da Europa -, assim como os gigantescos shopping centers, as novas estações de metro, as sofisticações que antes não havia. Tudo, novo e antigo, envolto pelo aroma inconfundível das castanhas, dos azeites, do bacalhau preparado por tantas imaginações, sobretudo a melhor, aquela crescida dentro dos lagares, o à lagareira.
Reconheço tanto Lisboa porque aqui morei durante um ano e meio, e porque visitei a cidade algumas vezes. Mas reconheço também Lisboa porque a vi muito antes de aqui vir, a vi na minha Salvador natal, em Goiás Velha, Diamantina, Lençóis, São Luiz... nas muitas Lisboas brasileiras.