Rotação
As horas não ocorrem
ao mesmo tempo
em todos os cantos
Entretanto
cada canto
tem a seu tempo
as mesmas horas
Jorge Cooper
[Cultuado por pequeno grupo de poetas e aficionados da poesia, pouco conhecido ainda do público, Jorge Cooper (1911-1991), poeta alagoano filho de pai inglês, viveu no Rio de Janeiro e em Maceió. É uma das vozes refinadas da poesia brasileira do século XX.]
* Imagem: Salvador Dali, A persistência da memória
11 comentários:
Do Jorge Cooper, de quem tanto aprendi, e sigo aprendendo nas releituras, uma saudade danada de enorme - sempre. Começamos muito bem este domingo com a evocação do mestre, por artes da Janaína.
SIDNEY WANDERLEY
Pois é, Jana, tudo é igual e tão diferente ao mesmo tempo...!?
Assim também os humanos: tão diferentes, mas tão iguais em qualquer lugar do mundo!
Ainda não conhecia Jorge Cooper, mas pretendo conhecê-lo melhor.
Um ótimo domingo pra ti
Bj
Lindo poema do mestre Jorge Cooper.
Outro dia falei com Sidney Wanderley que irei gravar um poema do Cooper e postar no meu Blog de poesia em áudio.
- Seu blog é lindo!
Parbéns.
Tenho muito que aprender por aqui...
«Entretanto
cada canto», tem o seu tempo e, no meu, o tempo é tão lento!
beijinho e continuação de um bom Domingo
Excelente achado poético.
Gosto demais da poesia de Jorge Cooper, Janaína. Este especialmente:
A solidão em que a morte
deixa o morto
É maior que a solidão da lua
Minha solidão soma
a solidão do morto
e a solidão da lua
- Sou mais só
que um louco.
Beijos, boa semana!
Nossa, que bom, quanta gente que já gosta de Jorge Cooper, Nydia até trouxe um poema dele! E os outros logo vão conhecer mais e gostar também. :-)
Uma perfeição de post, Janaína - imagem e poema fazem um todo harmônico e se completam.
Beijo carinhoso.
Querida Janaína
Não conhecia Jorge Cooper mas irei procurar sua poesia pois gostei deste pequeno poema.
Obrigada por o ter revelado aos que o desconheciam.
Beijinho.
Isabel
O seu canto e o meu canto, o meu tempo e o seu tempo... há horas de sincronia! Esta foi uma! Um excelente momento e apresentação - não conhecia o poeta. Obrigada, beijus
Janaina
Não resisti e acabei postando este poema sobre a solidão da lua e dos loucos, de Jorge Copper. Deixei um link pra cá, tudo bem?
beijo.
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