Fundação Dolores Olmedo, cidade do México
Literatura, história e o que mais der na cabeça: um blog que acredita na magia, liberdade, prazer e mistério da invenção e da criação.
domingo, 30 de novembro de 2008
Colo
Fundação Dolores Olmedo, cidade do México
sábado, 29 de novembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Muito contente
Nesses dias, li um bocado (vou comentar os livros lidos no enredosetramas), vi tv — inclusive todo esse desastre terrível de chuvas torrenciais, cheias e desabamentos em Santa Catarina —, porém minha cabeça, a maior parte do tempo, se manteve zonza, tontona, sem se fixar em coisa alguma, como se vagasse por algum espaço que nem sei onde fica. Meu amigo Chorik comentou que isso acontece porque nosso corpo é uma unidade, cada membro ou órgão influenciando os outros: assim, o que acontece com minha mão pode, sim, influenciar minha mente (o amigo Edu disse que sentiu a mesma coisa quando teve um problema no pé). Independente de fundamento científico, gostei dessa explicação, dessa idéia de sermos um todo indivisível e interdependente (que a medicina atual teima em seccionar). Me fez bem sentir-me assim. Lembrei-me das pessoas cuja perna, braço ou mão foram amputados, mas continuam a sentir sensações neles — calor, dor, arrepios, etc —, ao que parece porque a imagem mental que têm do próprio corpo é a de um corpo completo, o que inclui, jamais exclui, o membro ausente.
Por este meu texto descosido, mal ajambrado, vagal, já deu pra sentir que ainda não aterrissei direito por aqui, né? Mas não importa, não é mesmo? Este texto é só pra lhes dizer que estou de volta a este doce batente, amo vocês, e espero continuar a postar textos que mereçam ser lidos e comentados por vocês. Assim como visitarei os seus blogs, lerei e comentarei seus textos. De volta a esta nossa gostosa, divertida e animada roda de leituras e papos!
domingo, 23 de novembro de 2008
Maneta
terça-feira, 18 de novembro de 2008
De papo pro ar
Diálogos (im)possíveis 9
Apavorada, sozinha com ela no apartamento, me tranco num quarto e ligo para o Instituto Pinel, hospital para doentes mentais próximo ao meu prédio. Peço que mandem com urgência enfermeiros, para buscar uma pessoa que está em surto.
Dez minutos depois, toca a campainha. Elza, que se debate na cozinha, ao ouvir a campainha imediatamente se posta ao meu lado. Quando abro a porta do apartamento, estamos nós duas juntas, de pé, frente a dois fortíssimos homens de branco e uma maca.]
— Quem é a pessoa pra ser levada ao Pinel? – pergunta um dos enfermeiros.
— Ela! –Elza e eu respondemos ao mesmo tempo, uma apontando a outra.
[Juro que aconteceu].
domingo, 16 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Eu sou
Eu sou
Quando os adultos me perguntam
— O que você vai ser quando crescer?
Morro de ódio.
Sinto vontade de responder:
— Vou ser tudo, menos você!
Será que os adultos não sabem?
Eu já sou!
("Eu sou", de Janaína Amado - licenciado sob Creative Commons)
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Pra começar bem o dia 2
se não perdoardes
senhora
eu errarei mais.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
As nossas áfricas
Só pra assistir à abertura já valeu a pena ter ido à Fliporto, a IV Feira Literária de Porto de Galinhas, PE. Consistiu de uma aula-espetáculo do grande escritor Ariano Suassuna, atualmente com 81 anos de idade, que é Secretário de Cultura do Estado. Com inteligência, originalidade, humor imbatível e vitalidade, Ariano conduziu o espetáculo Nau - Sagração nº 2, um passeio...
(O texto continua aqui)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Até breve
Yes, we can!
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Diálogos (im)possíveis 8
—Santa Catarina.
— E a sua?
— Itamaracá.
— A sua?
— São Luiz.
— A minha é Ilha Bela.
— Pois a minha é a ilha-do-faz-de-conta, entre o sertão e o mar, a que tem chão de esteira, búzios sem conta e cabelos ao vento, ilha-de-dentro, ilha-mar, onde Judas não perdeu as botas nem o gato comeu a língua, ilhéu, ilhaminha, ilhatua, lua de mar, caramujos, ilhotinha, ilhão — Ítaca, Itacaré, Itacarezinho, terra dos jacarés, nossilha, nonossa, tuilha, trilha, trilhas conduzem ao vulcão de fogo que não queima, cheiro de pão quente saído indagorinha do forno, espirais, brisa, brasas, labareda, água, casa e maresia, algumas cabras, estandarte, biscoitos de polvilho doce, muita imaginação e louvor.