[da série Uma brasileira na Austrália]
A viagem até Sydney foi menos cansativa do que imaginávamos - muitas horas, sim, mas tivemos sorte, Luiz (meu marido e companheiro de viagem) e eu viemos confortavelmente deitados em bancos de três lugares. Donde se conclui, mais uma vez, o óbvio: o bom do mundo é dos ricos e dos muito ricos, que, nas suas primeiras classes e classes executivas, sempre viajam esparramados... Achei a Qantas excelente, os comissãrios de bordo, simpáticos, não pararam de oferecer comidinhas, bebidinhas e agrados, tornando o vôo o melhor possível.
Para mim, o mais interessante da viagem foi vivenciar o dia mais longo da minha vida - embarcamos às 14.30hs em Buenos Aires, e, depois de viajarmos quase quinze horas, ainda continuávamos à luz do dia, ainda víamos o sol! Voamos, portanto, não apenas em direção ao futuro, mas junto com o sol. Foi lindo.
Levei uns dias para me acostumar à diferença brutal de fusos horários. Para mim, o melhor foi deixar o organismo à vontade, dormindo e acordando quando quisesse, e assim aos poucos ir entrando no eixo (ou saindo de vez). Demorei dias para postar aqui por uma só e simples razão, mas desesperante - como não trouxe meu laptop, não conseguia escrever em português, nos computadores que encontrava. Alguém menos anarfanet do que eu teria resolvido isso com facilidade. Agora, entretanto, que mais ou menos consegui me ajeitar neste teclado aqui, pretendo tirar a diferença.
Estou absolutamente fascinada pela cidade de Sydney.
Razões no próximo post.
*Vejam na foto (de Luiz Carlos Figueiredo) como cidade e mar se integram.
6 comentários:
Dá prá sentir nitidamente no seu texto uma alegria quase infantil (das melhores que existem), o olhar inaugural, mesmo com toda a vivência. Bela viagem!
Que bacana, tenho pensando em vc, estava demorando em mandar notícias. Divirta-se, curta bastante!
Saímos de São Paulo aas 7 da manhã, com sol, segunda-feira. Chegamos aa Argentina aas 11. Saimos as 14,30,viajamos, viajamos, viajamos. Passamos pelo polo sul, o mar com enormes e pequenas placas de gelo boiando, como mosaicos de gesso, durante uns 500km (a 900km-hora) 19h, 20h, 21h, 24h(não posso dizer meia-noite), sol,sol,sol. 1,2,3,4,5,6,7,8,9 da manhã. Sol, sol, sol.E assim foi ate 20h da terça-feira. Ah! Finalmente a noite, os boemios, os vampiros e lobisomens, o misterio dos becos escuros. Isso tambem eh bom.
Estou aqui torcendo por voces, que bela viagem! Mande notícias, detalhes, pois para mim essa terra é completamente desconhecida.
eu acredito dos truques do tempo e sou absolutamente fascinado por eles. conte mais, conte mais...
Janaína:
Que coisa maravilhosa! Quem me dera um dia poder experimentar uma coisa assim...não sei se meu marido aceitaria ficar tanto tempo num avião (morre de medo), nem se algum ia terei dinheiro para tanto...
Resta-me esperar os teus maravilhosos textos.
Aproveita!
beijinhos
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